25 Anos de Missão Marajó


De repente Marajó
Parece uma frase irresponsável, mas não é, foi o que vivemos. Em 1992 aconteceu um congresso nacional da Renovação Carismática Católica, onde o pregador principal era Dom José Azcona. Neste congresso a então coordenadora do grupo de oração Nossa Senhora Aparecida, do bairro Iguaçu, em Ipatinga, era a Márcia Louzada que foi para o congresso. Voltou extasiada com tanto entusiasmo. Ela encomendou as fitas de VHS e quando chegaram convocamos o núcleo do nosso grupo de Oração para assistirmos juntos. Naquela época nosso núcleo tinha uns 30 componentes. Todos fomos enriquecidos pelo conhecimento e nosso grupo que já apresentava uma forte disposição para a missão sentiu-se inflamado ainda mais ao ardor missionário. Em julho deste mesmo ano dois membros do grupo, Renato e Avelino(Vevê), depois de alguns contatos com Dom Azcona foram fazer uma visita e retiro na Ilha do Marajó
Foram 7 dias na cidade de Soure, onde fica a residência episcopal, fazendo experiência de campo. Fomos acolhidos numa casa simples de missionários leigos e tendo contato com a realidade local, e mais 6 dias em Marituba, na região metropolitana de Belém, no seminário maior da Prelazia do Marajó em retiro.
Nada ficou acertado, na verdade nem proposto. Retornamos radiantes, retomamos nossos trabalhos na Igreja e na vida profissional normalmente.
Meses depois recebemos uma correspondência de Dom José Luís Azcona Hermoso fazendo um convite para uma experiência missionária em sua Prelazia. Levamos a carta ao conhecimento da Márcia, que por sua vez levou ao conhecimento de padre Mássimo Férreo, missionário italiano que residiu em nossa Diocese e na casa paroquial do bairro Iguaçu com os demais padres que atendiam a cidade e região.
Nessa época padre Mássimo respondia pelas paróquias de Mesquita, Santana do Paraíso, Belo Oriente, Cachoeira Escura e tinha escala de Missas em Ipatinga. Era o diretor espiritual de todo nosso grupo de oração, conhecia nosso ardor e sempre que podia nos enviava em missões nestas e outras cidades vizinhas. Nos conduziu então, em um processo de discernimento, de acordo com alguns critérios pontuados pelo bispo. Não houve abertura para convidar mais pessoas pois o projeto era modesto e o número de servos do grupo de oração que se dispuseram era maior que o proposto no projeto. Foram selecionados 12 e desses iriam apenas 6, Renato, Rita Edilene, Lurdinha, Eresvita (Vitinha) e Avelino (Vevê) . Em dezembro de 1992 já estavam definidos os seis que iriam doar um ano de suas vidas em missão na ilha do Marajó, mais precisamente na paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Salvaterra. Fomos acolhidos pelo bispo e os freis agostinianos em Belém e na manhã do dia 24 de fevereiro partimos no navio para Salvaterra, uma das cidades da Ilha do Marajó. Chegamos pouco antes do horário do almoço. À noite fomos apresentados à comunidade paroquial, na Missa de Cinzas

Ser missionário no Marajó é viver o Novo Pentecostes
Alojados em Salvaterra e começando o trabalho de evangelização, a pedido dos padres, usando da nossa espiritualidade e vivência de grupo de oração, através de experiências de oração, encontros formativos, acompanhamento e direção espiritual, fomos chamando e descobrindo pessoas para o serviço na Igreja, nas pastorais a serem revitalizadas e/ou implantadas na paróquia. Assim, ajudamos a estruturar a paróquia na cidade e, depois de um ano, renovando nosso compromisso missionário, nos foi confiado o trabalho também no interior, nas comunidades.
Inicia-se, então, uma nova casa de missão no vilarejo de Condeixa, para dar assistência às comunidades próximas. Lá, montamos uma rádio para ajudar na evangelização, onde o trabalho missionário também dá bons frutos, com a organização das pastorais e da revitalização da fé e do culto. A pedido do bispo, também colaboramos na implantação e acompanhamento da pastoral da comunicação na prelazia, nas suas 9 paróquias.
Com o tempo, alguns deixam a missão, outros também somam forças no trabalho missionário buscando responder a um chamado específico: matrimônio, vida religiosa e sacerdócio. Sandra Ribeiro e Geraldo se uniram à equipe posteriormente.
Vevê deixa a comunidade em 1996 para se casar com Lígia, natural de Salvaterra, mas retorna à missão em 1999 com a esposa e o filho recém-nascido Mateus. Permaneceram na missão até julho do ano seguinte.
Edilene voltou para Ipatinga em 1994, Lurdinha em 1997 e Vitinha em 1998. Renato deixou a missão para ingressar no seminário diocesano da Prelazia do Marajó.
Atualmente, segue na missão, a Irmã Rita de Cassia, religiosa da Comunidade Filhas da Divina Graça, atuando junto ao novo bispo, Dom Evaristo Spengler.

25 Anos de História
Esta iniciativa fez com que as Igrejas de Itabira – Cel Fabriciano  e Marajó se tornassem Igrejas irmãs.  E muitos são os frutos desta experiência missionária pelos quais hoje se eleva a Deus esta ação de graças!

Fonte: Diocese de Itabira
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