A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou o texto-base da Campanha da Fraternidade (CF) de 2017.
Segundo o bispo auxiliar de Brasília (DF) e
secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, a proposta é dar
ênfase a diversidade de cada bioma e criar relações respeitosas com a
vida e a cultura dos povos que neles habitam, especialmente à luz do
Evangelho. Para ele, a depredação dos biomas é a manifestação da crise
ecológica que pede uma profunda conversão interior. “Ao meditarmos e
rezarmos os biomas e as pessoas que neles vivem sejamos conduzidos à
vida nova”, afirma.
Ainda de acordo com o bispo, a Campanha deseja,
antes de tudo, que o cristão seja um cultivador e guardador da obra
criada. “Cultivar e guardar nasce da admiração! A beleza que toma o
coração faz com que nos inclinemos com reverência diante da criação. A
campanha deseja, antes de tudo, levar à admiração, para que todo o
cristão seja um cultivador e guardador da obra criada. Tocados pela
magnanimidade e bondade dos biomas, seremos conduzidos à conversão, isto
é, cultivar e a guardar”, salienta.
Além de abordar a realidade dos biomas brasileiros e
as pessoas que neles moram, a Campanha deseja despertar as famílias,
comunidades e pessoas de boa vontade para o cuidado e o cultivo da Casa
Comum. Para ajudar nas reflexões sobre a temática são propostos
subsídios, sendo o texto-base o principal.
Dividido em quatro capítulos, a partir do método
ver, julgar e agir, o texto-base faz uma abordagem dos biomas
existentes, suas características e contribuições eclesiais. Também traz
reflexões sobre os biomas e os povos originários, sob a perspectiva de
São João Paulo II, Bento XVI e o papa Francisco. Ao final, são
apresentados os objetivos permanentes da Campanha, os temas anteriores e
os gestos concretos previstos durante a Campanha 2017.
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CF 2017