Signis Brasil e RCR expressam sentimentos pela morte do Frei Antonio Moser, frade da Província da Imaculada Conceição.
Nesta manhã de quarta-feira, (09), a Editora Vozes
distribuiu o seguinte comunicado: “Comunicamos com imenso pesar o
falecimento de Frei Antônio Moser. Pedimos a todos e todas união e força
neste momento inesperado e difícil e que possamos continuar unidos na
fé e esperança da ressurreição”, escreveu Frei Volney José Berkenbrock,
que dividia com Frei Moser a direção da Vozes.
Frei Antônio Moser, frade desta Província da
Imaculada Conceição, foi morto a tiros na manhã desta quarta-feira, 9 de
março, após ser abordado por assaltantes na Rodovia Washington Luiz, na
altura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O crime aconteceu por
volta das 6h10 na pista sentido Rio de Janeiro. Mesmo ferido, o
religioso, de 75 anos, ainda conseguiu dirigir o carro até o
acostamento. Os bandidos, que estariam de moto, conseguiram fugir.
Equipes da Concer foram até o local e chegaram a chamar uma ambulância,
mas o frade já estava morto. Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF)
isolaram o local para a realização da perícia. O caso será investigado
pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).
O Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel,
pediu orações e lamentou a morte trágica de Frei Moser: “A dura
realidade que povoa com frequência os nossos noticiários bate à nossa
porta. Com susto e tristeza recebemos a notícia da partida repentina de
um irmão, vítima da violência que infelizmente tem se tornado cada vez
mais comum. Frei Antônio Moser sempre teve como marcas o entusiasmo e a
determinação. Atuou em muitas frentes simultaneamente, desde o estudo e a
pesquisa, o trabalho pastoral, as aulas, conferências, o trabalho na
comunicação, a dedicação a obras sociais. Especialmente nas décadas de
1970 e 1980, dedicou-se de corpo e alma ao pastoreio de comunidades da
Baixada Fluminense, atuando na formação do povo e na construção de
igrejas. Hoje, infelizmente, devolvemos a Deus a vida deste irmão,
vítima de assassinato na mesma Baixada que tanto amou. Que sua partida
leve toda a sociedade a buscar caminhos alternativos, que vençam a
violência e a dor, que suplantem a injustiça e a morte, que abram para o
mundo um horizonte de esperança. Para nossa Província fica um vazio e
aumenta nossa responsabilidade em levar adiante o legado por ele
deixado”.
Frei Moser estava a caminho de São Paulo, onde
gravaria o programa “Pelos caminhos da fé” para a Canção Nova, onde
começou desde 2005. Extremamente ativo, Frei Moser conciliava várias
funções, como diretor-presidente da Vozes, professor do ITF, pároco de
Santa Clara, membro da Comissão de Bioética da CNBB, coordenador do
Comitê de Pesquisa em Ética da UCP, conferencista, coordenador do
projeto social Terra Santa e escritor.
Para ele, contudo, isso não era problema: “Diria
que é muito simples. Descobri que o sacerdote, o teólogo, o empresário
não devem fazer nada sozinhos. Devem contar com pessoas certas para os
lugares certos. Ou seja, você administra pessoas e não uma máquina. Por
exemplo, construí uma paróquia e formei 16 comunidades de fé, sendo que
algumas igrejas comportam de 300 a 400 pessoas. Então, como se faz?
Montei esta paróquia e apareço lá uma vez ou outra durante a semana,
além dos domingos, naturalmente. O padre bom é aquele que dá uma
diretriz e deixa o povo trabalhar. Você deve ser uma espécie de ícone,
referência, mas não é quem vai fazer tudo. Por exemplo, na Editora Vozes
– cito ela porque trabalhamos lá – conseguimos montar uma equipe que
funciona com ou sem a presença minha e do Frei Volney Berkenbrock. E
muito bem. Agora, no Centro Educacional Terra Santa, o Sr. Reinaldo
Cruz, e mais uma equipe administrativa me ajudaram a elaborar todo o
projeto e agora vão tocando com ou sem a minha presença. No que se
refere aos sócios, todos confrades, iremos fazer umas duas reuniões
anuais. O segredo é não querer fazer tudo sozinho, mas encaminhar”,
dizia numa entrevista ao nosso site.
Fonte: Repórter Católico
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